quinta-feira, 20 de março de 2008

Internet Colaborativa para Instituições com ou sem fins lucrativos

Os movimentos sociais cada vez mais trocam, dão exemplo e aprendem comunicação com as empresas.

Tudo que nós que estamos em favelas, sindicatos de trabalhadores, na educação pública etc, pensamos sobre a possibilidade de expansão dos movimentos sociais através da Comunicação Interativa, Virtual, Solidária, a Distância, em Rede, pode ser tranquilamente aproveitado pelas empresas para impulsionar seus negócios.

Acredito, embora não seja a minha especialidade, que o contrário também é verdadeiro: devemos conhecer as experiências desenvolvidas pelas empresas e seus setores de Marketing e aproveitar, nunca de forma mecânica, o aprendizado que estão acumulando no âmbito das Tecnologias de Informação e Comunicação, em particular mas não exclusivamente no que se refere à internet.

O poder inédito e cada vez mais ampliado de enormes Redes Horizontais, virtuais, conectadas a internet, unindo pessoas e capital intelectual coletivo dentro e inclusive fora das instituições com/sem fins lucrativos já pode fornecer uma nova maneira de gestão de empreendimentos sociais e de negócios.
Isto porque tomar decisões num cenário sempre de incertezas (“Graças a Deus”) cada vez mais depende de como o pessoal interno de uma determinada instituição interpreta as demandas virtuais ("externas") da sua clientela considerando as modernas práticas democráticas de troca de informações.

Essas trocas quando valorizadas têm o poder de influenciar decisões estratégicas, podem mudar o planejamento de relacionamento, produção e adoção de novas medidas, atitudes políticas e acreditamos de produtos e serviços para a sociedade.

As instituições podem aproveitar essa oportunidade, pois já sabem que as Redes sem hierarquia de pessoas e departamentos criam fluxos de informação e inovação de formato livre, gratuito, que permitem uma forma de gestão permeável (sem o controle tradicional limitante do chefe "cheio de autoridade") onde escalas do poder flexíveis permitem potencial criativo e decisório infinito.

Ou seja, contar com um grupo maior de pessoas com grau crescente de influência nos resultados, decisões e direção institucional. O que vale para os negócios vale também para uma Fundação Cultural, para ações de Responsabilidade Empresarial Social, para ONGs, grupos dedicados à luta pelos Direitos Humanos, para a Universidade Particular..., respeitando sempre as devidas especificidades.

Para a empresa e a ONG é fundamental manter hiper-conexão com a sociedade, fazer parte de diversas comunidades, fóruns ou tribos. Saber ouvir, mapear redes de valores externos, relevar o que parece uma possível informação ou conhecimento fora do contexto mas que pode ser relevante, útil, aplicável e reproduzível. Enfim, identificar elementos fundamentais para dar sustentação aos trabalhos, repetimos, sejam eles sociais ou comerciais.

A instituição conectada vai intensificar o compartilhamento de informações, conhecimentos e experiências entre grupos diferentes fora e dentro dela mesma, direcionar a tomada de decisão com embasamento real e poderá aumentar se quiser a atualização permanente da configuração dos objetivos principais de seus projetos e negócios.

Claro que para isso é fundamental reconhecer os profissionais que buscam relações ampliadas de contato bidirecional com a sociedade, principalmente aqueles que estão fortemente ligados a outras comunidades: esses fornecerão subsídios estratégicos para avaliação de cenários de impactos e riscos conjunturais e estruturais atualizados, e ajudarão na escolha de novas opções de operação política e gerencial da instituição.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Mini boletim 2: Comunicação Social, Virtual, Solidária em 188 palavras

Um amigo concorda com o que escrevi no Mini Boletim1 (abaixo) e pergunta: o que e como fazer para incentivar a produção de conteúdo pelos usuários?

O terceiro parágrafo do boletim anterior responde de forma breve às duas questões: troca, incentivo, querer que o site (colaborativo) seja apropriado, acreditar no outro e na democracia. Mas devem existir outras experiências e respostas além do que proponho, não é mesmo?

Tratei antes e agora de princípios: não creio que adiante muito a instituição se dedicar apenas a produzir conteúdo. Isso reproduz “singelamente“ as formas mais elementares, pouco participativas e unidirecionais de uma visão antiquada de comunicação.

Devemos parar um pouco de produzir conteúdo “para os outros” e dialogar “com” eles para entender o que é que todos nós precisamos saber.
Como escrito no boletim1 isso pode ser feito inicialmente até com a simples troca de mensagens. Ou seja, um pouquinho mais de trabalho é exigido.
Nessa troca veremos que muitos também têm o que dizer. Que tal convidá-los a “dizer”? Passar a bola?

Vamos conversar mais? Escreva para o blog: http://luizduduazevedo.blogspot.com


Abraços em tod@s vocês,
Luiz Fernando Azevedo - Dudu